Lisboa, 07 Jan (Lusa)
O Movimento Alternativa e Responsabilidade (AR) vai desafiar o XXIII Congresso do CDS-PP a clarificar "alguma ambiguidade" sobre qual deve ser a política de alianças do partido e defender alterações estatutárias visando "maior transparência".
Intitulada "AR novo no CDS", a proposta de orientação política, económica e social (POPES) que aquele movimento vai apresentar ao Congresso, defende que a reunião magna dos democratas-cristãos "tem o dever" de clarificar "todas as matérias que no documento de orientação política [apresentado por Paulo Portas] comportam alguma ambiguidade e resultaram em interpretações contraditórias".
É o caso da política de alianças que o CDS-PP deve seguir, afirmou à Agência Lusa Filipe Anacoreta Correia, um dos subscritores do documento.
"O líder do partido trouxe mal a questão das alianças. O Congresso tem a obrigação de ser claro e inequívoco na afirmação de que a perspectiva de alianças com o PS não é uma possibilidade", defendeu.
Tal hipótese, disse, implicaria "pactuar com o PS na guerra com o Presidente da República", sustentou.
No seu documento de orientação política, o líder do CDS-PP, Paulo Portas, afasta "cenários de coligações e acordos parlamentares", apontando o Governo de José Sócrates como "o adversário do CDS" nas legislativas.
No entanto, o facto de referir que o PS e o PSD têm mais semelhanças do que diferenças entre si, constituindo uma "república do Bloco Central", foi interpretado por alguns críticos como um "regresso à tese da equidistância".
Isso significaria, na opinião dos críticos, assumir que o CDS poderá fazer acordos quer com o PS quer com o PSD, interpretação que já foi contestada por Paulo Portas.
Afirmando a "lealdade e solidariedade" com o líder eleito, Paulo Portas, a moção do AR defende que deve ainda haver uma reafirmação dos "princípios estruturais do CDS como partido humanista que valoriza a dignidade da pessoa humana como princípio e fim da acção política".
Assim, devem ser excluídas "questões fracturantes" de "maiores liberalismos" como o casamento entre homossexuais ou a eutanásia.
As eleições presidenciais de 2010 e a posição do partido face a um referendo à regionalização devem ser outras matérias a definir no Congresso, preconiza o texto.
Quanto às propostas de alteração aos Estatutos, Filipe Anacoreta Correia destacou que visam "maior pluralidade, transparência dos órgãos".
O Movimento AR defende que deve haver a possibilidade de "fiscalização dos actos eleitorais internos pelos militantes", a redução do peso das inerências na composição dos órgãos de direcção e a fixação de um prazo mínimo de três meses entre a convocação de directas e a sua realização.
O XXIII Congresso do CDS-PP realiza-se a 17 e 18 de Janeiro, nas Caldas da Rainha.
SF.
Lusa/fim
Intitulada "AR novo no CDS", a proposta de orientação política, económica e social (POPES) que aquele movimento vai apresentar ao Congresso, defende que a reunião magna dos democratas-cristãos "tem o dever" de clarificar "todas as matérias que no documento de orientação política [apresentado por Paulo Portas] comportam alguma ambiguidade e resultaram em interpretações contraditórias".
É o caso da política de alianças que o CDS-PP deve seguir, afirmou à Agência Lusa Filipe Anacoreta Correia, um dos subscritores do documento.
"O líder do partido trouxe mal a questão das alianças. O Congresso tem a obrigação de ser claro e inequívoco na afirmação de que a perspectiva de alianças com o PS não é uma possibilidade", defendeu.
Tal hipótese, disse, implicaria "pactuar com o PS na guerra com o Presidente da República", sustentou.
No seu documento de orientação política, o líder do CDS-PP, Paulo Portas, afasta "cenários de coligações e acordos parlamentares", apontando o Governo de José Sócrates como "o adversário do CDS" nas legislativas.
No entanto, o facto de referir que o PS e o PSD têm mais semelhanças do que diferenças entre si, constituindo uma "república do Bloco Central", foi interpretado por alguns críticos como um "regresso à tese da equidistância".
Isso significaria, na opinião dos críticos, assumir que o CDS poderá fazer acordos quer com o PS quer com o PSD, interpretação que já foi contestada por Paulo Portas.
Afirmando a "lealdade e solidariedade" com o líder eleito, Paulo Portas, a moção do AR defende que deve ainda haver uma reafirmação dos "princípios estruturais do CDS como partido humanista que valoriza a dignidade da pessoa humana como princípio e fim da acção política".
Assim, devem ser excluídas "questões fracturantes" de "maiores liberalismos" como o casamento entre homossexuais ou a eutanásia.
As eleições presidenciais de 2010 e a posição do partido face a um referendo à regionalização devem ser outras matérias a definir no Congresso, preconiza o texto.
Quanto às propostas de alteração aos Estatutos, Filipe Anacoreta Correia destacou que visam "maior pluralidade, transparência dos órgãos".
O Movimento AR defende que deve haver a possibilidade de "fiscalização dos actos eleitorais internos pelos militantes", a redução do peso das inerências na composição dos órgãos de direcção e a fixação de um prazo mínimo de três meses entre a convocação de directas e a sua realização.
O XXIII Congresso do CDS-PP realiza-se a 17 e 18 de Janeiro, nas Caldas da Rainha.
SF.
Lusa/fim
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