quarta-feira, 27 de junho de 2007

Divulgação : "NOITES DO NÃO"


Amanhã 5ª feira, 28 de Junho, celebra-se o 9º aniversário da vitória do Não em 1998. Uma data memorável na defesa da Vida em Portugal.
Simultâneamente a progressão do aborto livre atinge patamares nunca vistos na regulamentação da nova lei do aborto.
Assim, nesta 5ª feira pelas 21h30, na Praça do Saldanha, n.º 20-1.º Dto. (nas instalações que serviram de sede de campanha da Plataforma Não Obrigada), em Lisboa tem lugar a 1ª edição das

NOITES DO NÃO

Promovidas pelos Juntos pela Vida (
www.juntospelavida.org ) tendo por tema

"A regulamentação da lei do aborto e a objecção de consciência"

Serão oradores:

Isilda Pegado,
Advogada e Presidente da Federação Portuguesa pela Vida
e
António Gentil Martins,
Médico e ex.Bastonário da ordem dos Médicos

segunda-feira, 25 de junho de 2007

DN 07/06/2007

A REALIDADE VIRTUAL DO MUNDO EDUCATIVO

A recente polémica à volta dos erros ortográficos e aritméticos nas provas de aferição do 4.º e 6.º anos mostrou algumas das origens da nossa catástrofe educativa (porque, vale a pena lembrar, vivemos uma catástrofe educativa). Em declarações à agência Lusa (29/05/2007, 14.39), o responsável do ministério, desmentindo "liminarmente" a acusação de não se ligar aos erros, explicou: "Não faz sentido penalizar a incorrecção ortográfica na primeira parte, quando o que se pretende perceber é se o aluno compreendeu ou não o texto."Esta indignação é o elemento mais revelador do caso. O ministério gasta um dinheirão num exame nacional a fingir, pois as notas não contam para os alunos. Depois, desperdiça a informação recolhida, omitindo um aspecto quando avalia outro. Finalmente, considera tudo isto como "técnica de avaliação". Talvez daqui a anos, quando estes jovens escreverem mal um relatório que mandam ao patrão, se justifiquem dizendo que não é a sua ortografia que está a ser avaliada.Como é possível pessoas inteligentes dizerem tais disparates? Este mistério conduz-nos a um dos problemas mais sérios da essência da educação: a relação com a realidade. Porque atitudes dos responsáveis que parecem delirantes e alheias ao senso comum resultam não de erros burocráticos pontuais mas da própria natureza do sector.Todas as actividade têm contactos contínuos com o mundo concreto. As empresas confrontam-se com o mercado, o sector da saúde depende do físico do doente, a polícia, diplomacia, tribunais lidam com problemas práticos. Até a política vive de eleições e manifestações. A educação é uma das poucas áreas que só dependem de si mesmas. A sala de aula é autónoma face à realidade e o sucesso final determina-se apenas pela pauta do próprio professor.É verdade que a matéria a ensinar nasce do mundo autêntico. Mas ele é filtrado pelo mestre, que constrói descrições, explicações, elaborações ou mitificações da realidade, com o propósito de compreender o existente e assim formar o estudante. As teorias são sempre abstracções e o estudo, razoável ou mirabolante, brilhante ou bruto, nunca deixa de ser limitado por si mesmo. Até quando realiza uma visita à realidade, a aula cria uma ficção pedagógica. A escola determina-se a si própria.Haverá no fim um teste real, a capacidade posterior do graduado em enfrentar o mundo. Mas, em geral, é difícil ligar isso à eficácia concreta do ensino e do mestre, porque o estudante, mesmo aprovado, pode ser burro. Até hoje, quando os sinais de falhanço na formação dos nossos cidadãos e trabalhadores são esmagadores, as escolas continuam impunes e sem responsabilidades assacadas no descalabro. Pelo contrário, até ganham mais meios para perpetuar a situação.Esta auto-suficiência conceptual da educação é a principal chave para as causas da derrocada. O ensino constitui um mundo isolado, com regras próprias, onde se pode funcionar longamente sem contacto ou relação com a realidade concreta. Qualquer parvoíce pode surgir como "método pedagógico" e, se abstrusa, até ganha excelência, pois as teorias educacionais já justificaram tudo e o seu contrário.O Ministério da Educação português é um bom exemplo de como um sistema autodeterminado pode disparar em sentidos impenetráveis e incoerentes. A sucessão de repetidas reformas, mesmo que justificadas individualmente, criou um conjunto inconsistente e delirante, que hoje até gasta fortunas em testes a fingir, que avaliam aos bochechos.A coisa só não é pior devido à única inelutável realidade que se impõe na sala de aula: a cara do aluno. Muitos profissionais competentes, sentindo-se responsáveis perante a turma que enfrentam, esforçam-se por ensinar alguma coisa às pobres cobaias das reformas, muitas vezes contra as mesmas reformas. Se não fosse isso, a catástrofe seria definitiva. Mas o Ministério da Educação tem de ser incluído entre os maiores inimigos do desenvolvimento nacional. Uma potência estrangeira que quisesse sabotar o nosso progresso dificilmente faria pior.
João César das Neves
professor universitário
naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt

quinta-feira, 21 de junho de 2007

http://www.acumplicidadedaalma.blogspot.com/


A Cumplicidade da Alma
Blog de pensamentos duvidosos por António Cipriano, António Guimarães, João Pedro e Paulo Pinheiro

Post : Tuesday, June 12, 2007



"Plano Tecnológico"

"Após a oferta de computadores portáteis aos estudantes do 10º ano e do programa de novos oportunidades, o governo prepara-se para ir mais além no plano tecnológico.

Leitores de DVD Portáteis com DVD de técnicas de agricultura biológica para lavradores

Leitores de MP3 para imigrantes de leste com curso de português incorporado

GPS para desempregados, não se perderem na procura de uma qualquer emprego escondido"

António Cipriano

sábado, 16 de junho de 2007

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Hoje no JORNAL DAS CALDAS

Político obidense contra aeroporto na Ota
Carlos Pinto Machado, ex-candidato autárquico do CDS/PP em Óbidos, comentou a construção de um novo aeroporto internacional de Lisboa, manifestando que “sendo Portugal um País pobre que vive uma situação económica extremamente difícil, é no mínimo desconcertante assistir ao Primeiro Ministro José Sócrates, numa atitude de puro “novo riquismo”, optar por fazer tudo de novo e deitar fora o que já existe”. Para o político obidense, “seria importante encontrar uma situação de equilíbrio, que a meu ver passaria pelo aproveitamento das actuais infraestruturas, nomeadamente a manutenção do actual aeroporto da Portela, melhorando a sua capacidade, e desviando para um aeroporto médio os voos “low cost”, os “charters” e a aviação particular”.No seu entender, “a base aérea do Montijo poderia ser perfeitamente utilizada para esse efeito, sendo certamente uma solução muito mais célere e muito mais económica que a opção Ota”.“Parece-me de uma prepotência inaceitável em democracia, assumir que a construção do aeroporto na OTA como um facto politicamente consumado, quando do ponto de vista técnico e económico, existirão certamente soluções mais equilibradas e dimensionadas à realidade do nosso País”, sustentou.Pinto Machado criticou também o ministro Mário Lino por ter classificado a margem sul do Tejo como um “deserto”. “Não podemos esperar um discurso destes vindo de um responsável governamental”, declarou.

Francisco Gomes

quarta-feira, 13 de junho de 2007

DIVULGAÇÃO : "1ª CONVENÇÃO PELA VIDA E PELA FAMILIA"


Queridos amigos,
Um grupo de pessoas de Braga, convencidas do real valor que família tem na sociedade, criou recentemente uma associação - "In Família" - cujo objectivo é promover actividades de apoio à família e à vida humana. A primeira destas actividades é a 1ª Convenção pela Vida e pela Família que se vai realizar, no próximo sábado (dia 16 de Junho), em Braga.Para esta convenção estão convidados vários oradores ilustres tais como o Prof. César das Neves (economista e professor universitário), a Dra Graça Franco (Jornalista da RTP) e o Dr. João Aguiar (Administrador da Rádio Renascença). O local da realização é o Auditório Vita, pertencente ao Centro Cultural e Pastoral de Braga. Informações acerca da convenção e as inscrições podem ser feitas em www.infamilia.org . O preço da convenção é de 10 euros e inclui almoço.Em anexo, envio o programa da convenção. Aos pais, lembro que estão disponíveis baby-sitters pelo que podem (e devem) trazer os filhos.A convenção é aberta a todos. Porque não aceitar este convite e passar a manhã do próximo sábado a pensar na família?

Cumprimentos, Luís Oliveira

In Familia

segunda-feira, 11 de junho de 2007

DIVULGAÇÃO : PONTO DE APOIO À VIDA


  • O PONTO DE APOIO À VIDA é uma instituição da Igreja Católica, com o estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social.
    Em 2003 inaugurou a CASA DE SANTA ISABEL, localizada no Poço do Borratém, 41, junto à Praça da Figueira (rua que faz a ligação entre a Rua da Madalena e o Martim Moniz).
    Para concretizar a sua missão no acolhimento a grávidas em dificuldade e seus filhos, a Casa de Santa Isabel, necessita mais uma vez de contratar monitoras que possam desempenhar as seguintes funções:
  • coordenar e executar tarefas domésticas;
  • tomar conta de bebés;
  • acompanhar grávidas nas suas saídas;
  • garantir monitorização nocturna.

    Caso este propósito mereça o seu interesse, pode contactar Fernanda Ludovice através dos telefones 21 880 06 30 e 91 637 88 72.

Artigo de Opinião do Prof. Doutor João César das Neves


HÁBITOS DE RICO E A ARTE DE FURTAR
João César das Neves

professor universitário
naohaalmocosgratis@fcee.ucp..pt



A defesa do consumidor justifica hoje miríades de leis, regulamentos e prescrições. Como todos os exageros, o resultado é em grande medida precisamente o oposto, oprimindo o cidadão para beneficiar alguns interesses instalados.
Desde as regras de construção de edifícios às imposições do Código da Estrada, das embalagens de alimentos às características dos brinquedos e aos limites ao tabaco, a nossa vida desenrola-se sob uma rede intrincada que alegadamente nos protege a saúde e bem-estar. Se a isso juntarmos os meritórios propósitos de promover o ambiente, a eficácia energética, a democracia, a cultura nacional e tantos outros fins, vê-se que estamos bem defendidos.
Em geral esses preceitos são sensatos e convenientes (embora também os haja tolos e ridículos) e, se constituíssem recomendações ou conselhos, seriam contributos preciosos para o tal consumidor. Mas quando se tornam obrigatórios por lei ou directiva europeia, puníveis por pesadas multas e coimas, distorcem e danificam aquilo que pretendem promover. Na realidade, muitas dessas exigências são formas de encarecer os produtos, prejudicando aqueles que dizem beneficiar. Sobrevivemos séculos sem requisitos hoje indispensáveis.Por detrás das imposições há uma falácia perversa. Elas estão ligadas a preocupações que, em geral, os ricos adoptam voluntariamente, porque têm possibilidades para isso. Forçando-as a todos, a lei diz beneficiar os pobres, a quem garante produtos de qualidade. Mas essas exigêncas pagam-se. As coisas passam a ser boas, legais e inacessíveis. Impor hábitos de rico torna todos mais pobres.
Houve tempos em que comprar um carro era para muitos um sonho irrealista. Agora o rendimento subiu e o preço desceu. Mas também explodiram as despesas adicionais impostas ao automobilista: cintos de segurança, coletes reflectores, seguros obrigatórios, cadeirinhas para crianças, inspecções periódicas, gasolina sem chumbo, etc, etc. Para os ricos, que sempre se esmeram nos extras do automóvel, isso nada traz de novo. Para muitos pobres estas coisas mantêm o carro um sonho irrealista (ou uma actividade fora da lei).
Cada vez que entra num restaurante, o cliente assume um grande risco. A qualidade, higiene, segurança da refeição estão confiadas ao profissionalismo e boa-fé do estabelecimento. A única garantia sólida do consumidor está no interesse do restaurante em ser bom, porque disso depende a sua rentabilidade e sobrevivência. Quando o Estado impõe limitações - muitas tolas, como a proibição de galheteiros ou colheres de pau - apenas contribui para encarecer a refeição, sem adicionar nada de significativo à protecção do consumidor, que continua totalmente nas mãos do cozinheiro.Se essas leis transformam bons conselhos em custos insuportáveis para os pobres, por que razão são criadas? A resposta, além da fúria controladora dos serviços, está no interesse daqueles que realmente beneficiam com elas. Porque quem ganha com a defesa do consumidor é o produtor.

Para as fábricas de embalagens alimentares, exaustores de fumo, livros escolares, caixilharias de vidros duplos, revestimentos climatizados e tantos outros, a imposição legal dos seus produtos é um grande negócio. Garagens de inspecção, companhias de seguros, médicos de trabalho, estudos de impacto ambiental, licenciamentos camarários e ministeriais, enchem os bolsos à sombra dos regulamentos, atrasando e penalizando a vida aos cidadãos que dizem defender. E depois ainda vêm advogados e organizações de consumidores, que vivem de tratar todas estas obrigações.

Há muitos milénios os bandoleiros da estrada viviam de saquear mercadores. Quando os nobres legalizavam a prática, através de taxas e portagens, a capa de legitimidade mantinha a rapina. Hoje as leis de protecção dos cidadãos constituem em muitos casos uma forma serena de pilhagem equivalente ao velhos assaltos. Já no século XVII o clássico português A Arte de Furtar ensinava que: "os maiores ladrões são os que têm por ofício livrar-nos de outros ladrões" (c. IV).

sábado, 9 de junho de 2007

GOVERNO SOCIALISTA QUER "POUPAR" Á CUSTA DOS AGRICULTORES


Agricultura:
Portas acusa Governo de querer
"poupar" com os agricultores

O presidente do CDS/PP acusou hoje o Governo de estar a "querer poupar" com os agricultores portugueses ao não aplicar os regimes transitórios enquanto o Plano de Desenvolvimento Regional não entra em funcionamento.
Paulo Portas visitou hoje demoradamente a 44ª Feira Nacional da Agricultura/54ª Feira do Ribatejo, que decorre até domingo em Santarém, onde chegou, contrariamente ao que é habitual, antes da hora anunciada.Afirmando que os mecanismos de ajudas públicas aos agricultores "não estão a correr bem", deu como exemplo o caso do Plano de Desenvolvimento Regional (PDR), que deveria ter entrado em vigor em Janeiro.Admitindo que o atraso tenha a ver com as instâncias europeias, Portas disse não compreender que o Governo não tenha aplicado regimes transitórios, parecendo estar a "querer poupar com os agricultores".Portas lamentou ainda que o eixo para a competitividade preveja mais apoios para os investimentos do Estado do que para os dos privados, quando são estes "o motor da economia".O líder popular criticou ainda o facto de apenas 3 por cento dos programas públicos se destinarem às políticas ambientais que incidem sobre o mundo rural e de serem nulas as verbas para os biocombustíveis."Isto revela a ausência de modernidade e de visão da política agrícola deste Governo", disse.Além da visita de Paulo Portas, a Feira Nacional da Agricultura contou este ano com as presenças do presidente da República, cuja deslocação se resumiu ao I Salão Nacional do Azeite, do presidente do PSD, Luís Marques Mendes, e do deputado comunista Agostinho Lopes.Tal como aconteceu em 2006, o ministro da Agricultura não visitou o maior certame agrícola nacional, tendo o Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (que organiza o evento e é detido maioritariamente pela Confederação dos Agricultores de Portugal, CAP) apenas endereçado convite ao primeiro-ministro.José Sócrates fez-se representar pelo secretário de Estado Adjunto da Agricultura, Luís Vieira, no dia da visita do Presidente da República.

Lusa

Na Revista Tabu / Semanário SOL : "A OTA pode parar ? Um aeroporto no Charco"


"UM AEROPORTO NO CHARCO"

"O novo aeroporto divide opiniões. Para a maioria dos especialistas não faz sentido construí-lo na OTA, já que é preciso "secar" uma vasta zona pantanosa e "mover" montanhas. Também a segurança aérea é posta em causa. Ao fim de 13 anos a sua capacidade operacional estará esgotada. Bruxelas não se opõe á mudança de local."

Revista Tabu nº 39, de 9 de Junho de 2007

sexta-feira, 8 de junho de 2007

" A Cumplicidade da Alma "

A Cumplicidade da Alma
Blog de pensamentos duvidosos por António Cipriano, António Guimarães, João Pedro e Paulo Pinheiro
Um blog "light" que acho interessante, da autoria
de jovens Caldenses e que recomendo a sua consulta.
Carlos Pinto Machado

Curiosidade !


quarta-feira, 6 de junho de 2007

TUDO SOBRE A OTA


30 Perguntas sobre a OTA


30 Perguntas sobre a OTA

Encomendou o Governo, e se encomendou pode disponibilizar, algum estudo completo, de custo-benefício, na perspectiva nacional, em que tenham sido analisadas, em todos os critérios relevantes – por exemplo, o estratégico, o económico, o de finanças públicas, o de infra-estruturas, o ambiental, o de segurança – as três hipóteses possíveis: Portela mais um; novo aeroporto na Margem Sul; novo aeroporto na Ota?



Considera o Governo estudada e demonstrada a hipótese de não ser necessário construir um novo aeroporto de raiz? Especificando: atentas as dificuldades financeiras de Portugal, pode o Governo demonstrar que não é possível i) melhorar a capacidade do Aeroporto da Portela, podendo superar os 20 milhões de passageiros, praticamente o dobro dos actuais ii) apostar num aeroporto médio de apoio, a partir de uma infra-estrutura já existente (por exemplo, Montijo) iii segmentar o tráfego, de acordo com as novas tendências do mercado, especializando na infra-estrutura de apoio o low cost, os charters ou a aviação particular?







É ou não verdade que a hipótese avançada – Portela optimizada; aeroporto médio de apoio segmentado, a partir de uma infra-estrutura existente - constituiria uma solução economicamente muito mais acessível, tendo, por outro lado, uma durabilidade considerável, quer pelo aumento de capacidade da Portela, quer pelo desvio de uma parte do seu tráfego?




Pode o Governo esclarecer por que motivo a hipótese Montijo – qualificada em primeiro lugar no estudo da ANA em 1994 – foi afastada em 1999, com base numa enigmática frase - “ulteriormente, a transferência da Base NATO do Montijo foi seriamente encarada antes de ser posta de lado por diversas razões” (citação do relatório de ADP em 1999) ?




Conhecendo a argumentação do Governo sobre o esgotamento - não demonstrado – da Portela e do seu potencial, pode explicar como se opta pela Ota, cujo aeroporto, a ser construído, não tem possibilidade de expansão, ao cabo de 20 a 25 anos de vida?



Pode o Governo demonstrar que o aeroporto da Ota poderá utilizar, conjunta e independentemente, duas pistas?




Pode o Governo esclarecer se existe uma diferença significativa entre o potencial de estacionamento de aeronaves na Portela (após obras em curso), e no aeroporto de apoio, aquele que está previsto para a abertura do aeroporto da Ota?




Pode o Governo confirmar que, na avaliação da capacidade do aeroporto na Ota, os próprios estudos oficiais – por exemplo, o da Parsons -, referem que, na ausência de uma estação meteorológica automatizada no local, não são validáveis os cálculos relativos ao tráfego previsível, nem podem conhecer-se com exactidão as limitações que o local imporá à navegação aérea?




Numa primeira avaliação da questão dos custos, pode o Governo confirmar que se prepara para determinar o encerramento do único Aeroporto português que é claramente lucrativo – o da Portela?


10ª
Na mesma linha de raciocínio, é ou não verdade que são os lucros da Portela que permitem à ANA “redistribuir” o financiamento dos custos nos aeroportos do Porto, Funchal e Porto Santo, Ponta Delgada, Horta, Flores e Santa Maria, (o de Faro está relativamente equilibrado)?



11ª
A partir do encerramento da Portela e da privatização da ANA, por conta de quem ficará o financiamento dos aeroportos deficitários?



12ª
É ou não verdade que, de acordo com as estimativas do Banco Efisa – um dos consultores do Estado – o projecto da Ota orçará em pelo menos 3.594 milhões de euros, um valor já de si elevadíssimo, mas um valor a que falta somar custos inevitáveis, nomeadamente os que se prendem com as acessibilidades e o encerramento da Portela, anunciados em obra mas não contabilizados?


13ª
Pode o Governo especificar quanto custa e quem paga a descontaminação dos terrenos da Portela?




14ª
Pode o Governo especificar quanto custa e quem paga a deslocalização dos depósitos de combustíveis localizados em Aveiras?



15ª
Pode o Governo especificar quanto custa e quem paga o desvio dos cabos de alta tensão na Ota?



16ª
Pode o Governo especificar quanto custa e quem paga a deslocalização das condutas de água da EPAL na Ota?



17º
Pode o Governo especificar quanto custa e quem paga o projectado “combóio rápido” que ligará o aeroporto da Ota a Lisboa, implicando investimentos muito significativos – e sofisticados -, para financiar mais de 50 kms de linha, com circulação de 15 em 15 minutos, num trajecto que se anuncia como exequível em 20 minutos?




18ª
Pode o Governo especificar quanto custam e quem paga as necessárias ligações rodoviárias do Aeroporto da Ota – a Norte e a Sul – à A1?




19ª
Pode o Governo especificar quanto custa e quem paga as demais ligações e nós rodoviários, nomeadamente a ligação à CREL?




20ª
Pode o Governo especificar quanto custa e quem paga a ligação ferroviária do Aeroporto da Ota à chamada rede ferroviária clássica (essencial para as mercadorias) ?



21ª
Quanto custa e quem paga o desvio necessário para fazer passar o TGV pela Ota?





22ª
Nestes termos, pode o Governo esclarecer se sabe – ou se, honestamente, se não sabe – qual é o valor global previsto como necessário para financiar o novo Aeroporto da Ota, em todas as suas envolventes, incluindo as despesas e obras atrás citadas?



23ª
Dado o valor astronómico que pode atingir, globalmente, o projecto da Ota, está o Governo em condições de garantir que não será necessário uma operação de “pré-financiamento”, designadamente através do aumento, acima da inflação, das actuais taxas aeroportuárias – aumento que seria gravemente lesivo do ponto de vista da competitividade, nomeadamente se pensarmos que o mercado low cost implica, crescentemente, taxas mais baixas?



24ª
Pode o Governo esclarecer o seu pensamento sobre as consequências de deslocalização do Aeroporto da Portela, do ponto de vista de actividade turística, da criação de riqueza e dos postos de trabalho relacionados com o turismo na cidade de Lisboa?






25ª
Pode o Governo desmentir que, de acordo com três estudos da Associação de Turismo de Lisboa – um de 2000, outro de 2005, outro ainda de 2007 -, há não só uma oposição visível dos profissionais, agências e companhias do sector turístico ao projecto da Ota, como um risco de perda de turistas na capital na ordem dos 16%?



26ª
Pode o Governo negar validade aos estudos sociológicos que apontam para duas rejeições – por parcelas significativas do mercado turístico – das consequências da Ota, a saber i) a distância superior a 50 kms da capital pode desincentivar essa opção ii) o custo do bilhete, para chegar a Lisboa no “comboio rápido”, será altamente penalizador?



27ª
Pode o Governo demonstrar que a deslocalização do Aeroporto da Portela, e a conclusão de outro na Ota, a mais de 50kms da capital, têm “custo zero” do ponto de vista do emprego, nomeadamente do emprego directo no Aeroporto de Lisboa, onde trabalham cerca de 10 mil pessoas, com as mais diversas entidades patronais?






28ª
Pode o Governo esclarecer – e, em caso positivo, disponibilizar – um estudo de impacto ambiental global e completo que avalie as consequências ambientais de localização Ota – sendo esta questão de redobrada importância, na medida em que o afastamento da hipótese Rio Frio teve como motivação oficial o elenco de impactos negativos no ambiente?



29ª
Está o Governo em condições de desmentir que o único estudo existente – o Estudo Preliminar do Impacto Ambiental (EPIA) -, de 1999, é incompleto, tendo a respectiva Comissão de Avaliação anotado que não foram avaliadas pertinentes questões ambientais de relativas, por exemplo, aos efeitos sobre a qualidade do ar, do ruído ou das acessibilidades?


30ª
Pode o Governo esclarecer – porque a questão não é despicienda – de quem é a titularidade jurídica dos terrenos da Portela, e em que ponto se encontra a respectiva controvérsia judicial?

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Debate sobre a OTA


PR: Portas cumprimenta Cavaco
e associa-se a apelo para debate sobre Ota

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, associou-se hoje às dúvidas e ao apelo do Presidente da República, Cavaco Silva, para um debate que quer "sereno e racional" sobre a construção do novo aeroporto da Ota.
"Queremos um debate sereno e racional", afirmou Paulo Portas no final da sua primeira audiência, de cumprimentos, com o Presidente Cavaco Silva, após ter regressado à liderança do democratas-cristãos, nas eleições directas de 21 Abril, e confirmado em congresso, a 20 de Maio.
Paulo Portas retomou o seu discurso no debate mensal com o primeiro-ministro, José Sócrates, quinta-feira no Parlamento, para manifestar a sua preocupação com "dossier" da Ota e insistir que Governo deve dizer qual o verdadeiro custo do novo aeroporto.
"O Governo não pode continuar a não responder às perguntas que não são da oposição, mas sim pelo país", afirmou Portas.
O valor de 3.500 milhões de euros anunciado pelo executivo, argumentou Paulo Portas, não contabiliza obras associadas ao projecto como o comboio, as ligações rodoviárias, por exemplo.
"Saber que o custo do aeroporto é de 3.500 milhões de euros vai custar muitíssimo mais porque nenhuma das grandes obras está contabilizado nos custos, não é uma questão irrelevante", afirmou.
O tema da Ota já levou o Cavaco Silva, há duas semanas, a defender a realização de um "debate aprofundado" na Assembleia da República sobre a localização do novo aeroporto internacional de Lisboa, um apelo que o Governo considera responder com um colóquio parlamentar no dia 11 de Junho.
Acompanhado pelos vice-presidentes do CDS Luís Nobre Guedes e Telmo Correia, Portas evitou comentar, à saída do Palácio de Belém, em Lisboa, sobre as suas relações pouco pacíficas com Cavaco Silva quando era director do semanário "O Independente" e lançava críticas violentas ao actual Presidente.
"Falámos da actualidade e do futuro", limitou-se a dizer, assim que os jornalistas se referiram ao seu passado como director de "O Independente", no final de uma audiência que se prolongou por cerca de uma hora.
Paulo Portas disse ter transmitido a Cavaco Silva, em nome da direcção dos democratas-cristãos, a "visão da actualidade política e dos desafios mais importantes para o país nos próximos anos", sem falar em pormenores porque as "audiências com o Chefe do Estado são matéria reservada".
Numa entrevista recente à RTP, Paulo Portas defendeu que o Presidente da República deve ser um factor de "moderação e limitação", em casos de abusos de poder.
Na campanha para as últimas presidenciais, em 2006, Portas, embora afastado da política activa, após ter liderado o CDS-PP de 1997 a 2005, anunciou que iria votar em Cavaco Silva.
Lusa
2007-06-04