domingo, 28 de outubro de 2007

Medical Conference in Human Life Studies


Participe!!

Especialistas reúnem-se para revelar os efeitos do aborto na saúde da mulher:

o aborto e a Perturbação Pós-Traumática na mulher;


o aborto e o risco posterior de prematuridade;


a relação entre o aborto e o cancro da mama e,
os riscos da pílula abortiva.


Dia 8 de Novembro, no Hotel Villa Rica, em Lisboa.
Não deixe de se inscrever! *


www.lisbonmedicalconference.net

* Os lugares são limitados.

Um exemplo para a Nação.




Imagem retirada do blogue : "Mary no País das Maravilhas"

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

http://dmkrt.blogspot.com/


O DEMOKRATIA. O BLOG DO MEU AMIGO DEMOKRATA TEM NOVA MORADA. VISITEM ESTA VERDADEIRA DEMOKRATIA.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

"Um orçamento manhoso"


segunda-feira, 22 de outubro de 2007

"O Ovo da Serpente", Prof. Doutor João César das Neves, DN 22/10/2007


O OVO DA SERPENTE


João César das Neves
professor universitário
naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt

Na passada segunda-feira, o título principal do Diário de Notícias era: "Rastreio pré-natal falha em 60% das grávidas." O texto alertava de que a maioria das futuras mães não faz testes para despistar a trissomia 21 e outros problemas cromossomáticos. As causas identificadas para a omissão são o custo do exame, não comparticipação do Estado, falta de laboratórios capacitados e de critérios definidos, além de "mulheres com baixa escolaridade e fracos recursos económicos" (DN, 15/10/2007).

À primeira vista trata-se de mais um problema de saúde pública onde o atraso e pobreza do País criam graves efeitos sociais. Mas há um pequeno detalhe que o artigo não refere: a trissomia 21 e os problemas cromossomáticos não têm cura. Alguns tratamentos precoces ajudam, mas pouco há a fazer à criança quando se detecta esse tipo de males. Além do aborto, claro. A única forma, como diz o texto, de tornar os "casos de trissomia evitáveis nos fetos de jovens grávidas" é matar a criança. Porquê então fazer esta divulgação, se não é para promover o aborto?

Ninguém imagina o pavoroso sofrimento dos pais que descobrem no seu filho esta terrível doença. Mas a maior parte das distorções de cromossomas é inevitável e incontrolável. Pior ainda, como a amniocentese e outros testes recomendados têm graves riscos para a saúde da mãe e, sobretudo, da criança, a sua promoção pode tornar-se um real perigo para a saúde pública. Dado que, ainda por cima, existem "muitos falsos positivos (um em 20)", esta acaba por ser uma forma de suscitar a morte de crianças saudáveis, por mera precaução dos pais.

O incentivo ao aborto é evidente. E aberto: o procurador-geral da República e o ministro da Saúde tentam agora forçar a Ordem dos Médicos a mudar o seu código deontológico nesse tema por ser ilegal (DN, 18/10/2007).

Este ano, o País aprovou a liberalização do aborto. Hoje calaram-se os argumentos, discussões, elaborações ideológicas. Mas coisas destas nunca se vão embora. Quando fechamos os olhos à violação dos direitos humanos ela cresce sempre mais. Vive-se a lenta degradação de carácter, a terrível descida na infâmia.

Há 30 anos, nos fins de 1977, o genial Ingmar Bergman, falecido no passado 30 de Julho, apresentou o filme O Ovo da Serpente. A acção passa-se na Berlim de Novembro de 1923 que vive a euforia do fim da guerra. Nesse ambiente de liberdade, um médico, aparentemente apostado na cura, contribui com as suas experiências pseudo-científicas para destruir seres humanos. Faltava ainda muito para surgir o nazismo, mas já se entreviam os traços do monstro em gestação. Como através da membrana transparente do ovo da cobra.

Que semelhança entre os horrores nazis e a situação actual do aborto em Portugal? As diferenças são abissais, mas um ponto é comum. Precisamente o de Bergman. Na Berlim de 1923, como hoje em Lisboa, proclamavam-se os direitos humanos, elaborava-se a filosofia política, defendia-se a liberdade e a democracia. Ao mesmo tempo tolerava-se a gestação de um monstro. Foi assim que a sofisticada Alemanha, a terra de Goethe e Beethoven, caiu na decadência máxima da civilização.

Ouvir a elevação das nossas afirmações actuais contra a pobreza, das manifestações a favor da dignidade humana, da firmeza na justiça e solidariedade é ficar orgulhoso dos nossos valores. Desde que não se note o montinho de cadáveres minúsculos que sai pelas traseiras das clínicas. Como na democracia alemã de 1923, é essa porta por onde entra o monstro.

Este paralelo entre o aborto e o nazismo é feito num livro que acaba de sair. O volume Ao Gólgota! - A Liberalização do Aborto e o Nazismo (Editora Crucifixus, 2007) reúne os artigos que o franciscano padre Nuno Serras Pereira publicou na Internet no último ano e meio.

Como pode alguém comparar a nossa situação com o horror do nazismo? Passa pela cabeça essa semelhança? Se pensa assim, por favor não se esqueça que esse era precisamente o sentimento que tinha a despreocupada Berlim de 1923. Esse é o enigma do ovo da serpente.


domingo, 21 de outubro de 2007

Confusão surpreendente e homologação inaceitavel, A. Gentil Martins, Jornal Público, 20/10/2007


O Código Deontológico da Ordem dos Médicos não deve ser alterado nos seus artigos respeitantes ao aborto e à eutanásia

A homologação do surpreendente Parecer da Procuradoria-Geral da República em relação ao Código Deontológico da Ordem dos Médicos, emitido após solicitação expressa do senhor ministro da Saúde, é um acto tão reprovável como inaceitável. Só numa feroz ditadura se poderia perceber a imposição da ética do Estado a uma classe profissional: lembremo-nos do uso da psiquiatria para o controlo dos dissidentes, utilizada na antiga União Soviética.Mas o mais grave é confundir ética, a primeira universal e perene nos seus princípios fundamentais e na defesa da dignidade humana, e a segunda, conjuntural, e dependente de políticas habitualmente transitórias. Porque terá sido elaborada a Declaração Universal dos Direitos do Homem?Antes da revolução de Abril de 1974, tanto o Código Disciplinar como o Código Deontológico eram diplomas legais. Contudo isso só é verdade, neste momento, apenas em relação ao Código Disciplinar.Foi na ocasião em que presidíamos à Ordem dos Médicos que foram aprovados pela classe os Códigos Deontológicos de 1981 e 1984, que agora o senhor ministro da Saúde tenta, errada e abusivamente, pôr em causa. Isto, sobretudo, em relação a alguns dos seus princípios básicos, já claramente consagrados no Juramento de Hipócrates, há mais de 2500 anos!...Foi justamente por pensarmos que um Código Ético não devia estar condicionado às conjunturas políticas que ele se manteve, não como Lei, mas como "Orientação Ética" para os médicos. É óbvio que se, cumprindo a lei em vigor, houver médicos que o não respeitem, nunca poderão ser punidos legalmente. Ficarão, então, apenas, sujeitos à sanção moral que a sua consciência lhes ditar. Mas a Ética não mudou!Será que a escravatura, legal em séculos passados, primeiro na Europa e depois nos Estados Unidos, foi, alguma vez, eticamente correcta? Será que matar o é? E os prisioneiros serem exsanguinados, na guerra Irão-Iraque, quando era necessário dar sangue aos soldados feridos, terá sido lícito? E o que pensar da pena de morte, que Portugal foi o primeiro país a abolir e cuja abolição agora, correctamente, se pretende estender às leis do resto do mundo? Será que alguém pode entender que a vida, no seu início, no seu meio ou no seu fim, não tem valor e dela se poderá dispor? E que dizer da interpretação que pretende transformar a Objecção de Consciência dos Médicos em relação ao aborto numa violação da liberdade individual? Qual é o conceito de "liberdade de consciência"? Deverá o Estado, ou mesmo apenas uma classe profissional, abdicar da defesa dos Valores Universais e tudo deixar ao livre-arbítrio de cada um? Nenhuma sociedade organizada o tem feito, ou poderá fazer.Esperamos que o Governo não subscreva a posição do seu ministro da Saúde, pois poderá, desde já, contar com a frontal oposição da esmagadora maioria da classe médica, o que ninguém, de bom senso, certamente deseja.Lutaremos sempre ao lado daqueles para quem o Código Deontológico da Ordem dos Médicos não deve ser alterado nos seus artigos respeitantes ao aborto e à eutanásia e repudiamos frontalmente as ameaças de sanções à Ordem dos Médicos feitas pelo senhor ministro, com base no parecer da PGR, caso o Código Deontológico não seja alterado. Será este um novo conceito, mais progressista e "verdadeiro" (?) de Estado democrático?
António Gentil Martins
Ex-presidente da Ordem dos Médicos e da Associação Médica Mundial e do seu Conselho de Ética

A deontologia do Estado, Nota de abertura da RR, 19/10/2007


A “deontologia” do Estado

O Governo quer ter uma palavra a dizer no Código Deontológico dos Médicos em matéria de aborto. Uma intromissão intolerável.
O poder político tem manifestado tendência para regulamentar um número crescente de actividades em Portugal.As intervenções regulamentadoras do Estado podem ser necessárias para garantir o bem comum.Mas, quando há exageros, a liberdade das pessoas e da sociedade civil fica lesada pela prepotência dos governantes.Ora, com o Ministério da Saúde a impor à Ordem dos Médicos alterações ao seu Código Deontológico em matéria de aborto, atingiu-se um novo patamar de exagero na fúria regulamentadora governamental.Claro que as leis da República têm de ser cumpridas, agradem-nos elas ou não.Mas, uma coisa são as leis… outra a ética.Se o Estado se arroga o direito de ditar a sua deontologia à sociedade civil e às suas instituições, algo vai mal na nossa vida pública.É uma intromissão intolerável de quem parece querer ser dono da consciência dos portugueses.
RR

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

RR ONLINE 15/10/2007


Discriminação

O Governo penaliza os pais casados, tal como penaliza os cidadãos que fumam e os que bebem.
Mais uma vez, no próximo ano os pais casados e viúvos vão ser descriminados em matéria de impostos em relação aos pais divorciados.A proposta, já conhecida, de orçamento para 2008 não corrige a desigualdade que há anos persiste e que privilegia as famílias desintegradas. Quererá isto dizer que o Governo quer incentivar a desintegração das famílias tradicionais, concedendo-lhes benefícios fiscais?Se não é, parece, porque este ano o ministro não se pode desculpar com o desconhecimento da situação nem se deve esquecer que ele próprio prometeu por diversas vezes corrigir estas desigualdades.Conhecido o orçamento, verifica-se que não o fez. Os pais casados e viúvos puseram uma petição a correr contra esta descriminação. Apesar de tudo, consideram que o seu estado civil não é prejudicial ao país.O Governo, pelos vistos, pensa o contrário e penaliza estes pais, tal como os que fumam e os que bebem.
Raquel Abecasis

CDS PP : A única alternativa.


Somos a única alternativa.

"FLOPPES" , O GÚRO DE MENEZES : REPRESENTANTE DE UM POPULISMO RECENTE, GASTO E ESFARRAPADO.

OLHA QUE DOIS "COTAS"
O REAPARECIMENTO DUM "MORTO VIVO", QUE APROVEITOU A DISTRACÇÃO DE UM FRACO, PARA TENTAR
"RESSUSCITAR" DAS CINZAS.
QUE ESPECTÁCULO DEGRADANTE!




A P.S. : Populista e Mentirosa


sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Divulgação


De: Fórum da Família (peticao@forumdafamilia.com)

Assunto: Petição contra a discriminação dos pais casados ou viúvos em sede do IRS - Comunicado
Exmos Senhores

O código do IRS prevê que todos os pais, à excepção dos casados ou viúvos, possam deduzir até 6.500 EUR por filho.

Esta situação de discriminação contra os pais casados ou viúvos já dura há imensos anos, tendo sido objecto de imensas reclamações, intervenções na comunicação social, etc, sem que tenha merecido por parte dos governantes a mínima atenção.

Isto está certo? Faz sentido?

Muitos casais têm, lógica e legitimamente, optado por não se casarem ou por se separarem a fim de não serem vítimas desta discriminação.

Num gesto de cidadania responsável, optamos por levar à mudança da lei, uma vez que leis iníquas não contribuem para a dignificação do povo a que se destinam, pelo contrário.

Nesse sentido, está a decorrer na internet uma petição (
http://www.forumdafamilia.com/peticao) para ser entregue ao Presidente da Assembleia da República, Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças, para acabarem com esta discriminação.
A fim de não prejudicar as finanças públicas, é sugerido que esta dedução passe a ser igual a metade do actual valor (ou seja, 3.250 EUR por filho) para todos os pais, independentemente do seu estado civil, uma vez que, infelizmente, hoje em dia o número de filhos de pais casados ou viúvos já é só metade do número total de jovens e crianças, ou seja, é igual ao número de filhos de pais com outro estado civil.

Assine e divulgue!

Qualquer pessoa pode assinar esta petição, desde que concorde com o seu conteúdo!

Não discriminamos ninguém, nem baseado no estado civil nem na idade!

Os seus filhos, mesmo menores, também podem e devem assinar. Eles são as principais vítimas desta lei!

Fórum da família, 5 de Outubro de 2007

Divulgo e recomendo o Blogue "PCREC"

PCREC - Processo Contra-Revolucionário em Curso

O Processo Contra-Revolucionário Em Curso (PCREC) apresenta-se como um blogue que visa estimular um espírito contra-revolucionário e reformador. Impulsionado por um grupo de jovens irreverentes, não instalados e preocupados, o PCREC dispõe-se a ser um movimento marcado pela diferença e um amplo espaço de contestação política nacional.
A nossa ideologia são os valores fundamentais. O nosso desígnio é a liberdade. A nossa luta é contra a ignorância do pensamento único e totalitário. A nossa defesa são as instituições. A nossa antítese é o relativismo. A nossa oposição é ao facilitismo e ao despesismo. O nosso motivo é querermos sempre mais e melhor. O nosso objectivo é a plena estabilidade. A nossa justificação é Portugal.O fim da Revolução é simultaneamente o fim da Contra-revolução. Como tal, a nossa missão consiste em tudo fazer para que o PCREC se conclua. Esperamos também poder contar com a vossa colaboração.
Bem-haja.

5 DE OUTUBRO DE 1143 - DIA DA INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL


5 de Outubro de 1143 - Data da Independência de Portugal


O Tratado de Zamora foi o resultado da conferência de paz entre Afonso Henriques e o rei Afonso VII de Castela e Leão, a 5 de Outubro de 1143, marcando geralmente a data da independência de Portugal e o início da dinastia afonsina. Vitorioso em Ourique, em 1139, Afonso Henriques beneficiou da acção desenvolvida, em favor da constituição do novo reino de Portugal, pelo arcebispo de Braga, Dom João Peculiar. Este procurou conciliar os dois primeiros e fez com que eles se encontrassem em Zamora nos dias 4 e 5 de Outubro de 1143, com a presença do cardeal Guido de Vico.
A
soberania portuguesa, reconhecida por Afonso VII em Zamora, só veio a ser confirmada pelo Papa Alexandre III em 1179, mas o título de Rei de Portugal, que Afonso Henriques usava desde 1140, foi confirmado em Zamora, comprometendo-se então o monarca português, ante o cardeal Guido de Vico, a considerar-se vassalo da Santa Sé, obrigando-se, por si e pelos seus descendentes, ao pagamento de um censo anual.
Em
Zamora, revogou-se o anterior Tratado de Tui, de 1137.
Em 1143 faz-se o Tratado de Zamora assinado entre o rei D. Afonso Henriques e D. Afonso VII, que vai reconhecer que o condado portucalense passa a ser reino e Afonso Henriques passa a ser o rei ou “rex”. D. Afonso VII reconhece a independência, mas Afonso Henriques continua a ser seu vassalo, porque D. Afonso VII para alem de ser rei de Leão e Castela é Imperador de toda a Hispânia. A partir de 1143 D. Afonso Henriques vai enviar remissórias declarando-se seu vassalo lígio e comprometendo-se a enviar anualmente uma determinada quantia de ouro. As negociações vão durar vários anos, de 1143 a 1179. Em 1175 o Papa Alexandre III envia a Afonso Henriques a “ Bula Manifestus Probatum “, neste documento reconhece-se definitivamente a independência do reino de Portugal sem vassalagem em relação a D. Afonso VII de Leão e Castela e Afonso Henriques como primeiro rei de Portugal, ou seja, D. Afonso I de Portugal. (In Wikipédia)

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

"Requalificação Urbana" , Opinião do Dr. António Cipriano


Tomei a liberdade de divulgar neste espaço de opinião, este artigo do Dr. António Cipriano sobre a "Requalificção Urbana".
Este tema tem sido para mim enquanto politico um tema de agenda politica e de programa eleitoral, por ser extremamente importante para as pessoas e respectivas comunidades, mas que infelizmente é pouco respeitado pela maioria dos municipios portugueses.
Recomendo a sua leitura atenta.
Carlos Pinto Machado


Requalificação Urbana


Nas últimas décadas o paradigma da nossa sociedade ao nível do modelo urbano, passou invariavelmente para construção de novos edifícios. Esta era uma exigência decorrente do acréscimo afluxo de populações do interior rural, para o mundo das cidades, conjugado com uma melhoria das condições económicas das famílias, indutor de uma procura por habitações com melhores condições de habitabilidade. Este fenómeno de democratização, associado ao desenvolvimento económico do país foi positivo, permitindo uma igualdade real ao nível das condições de vida dos cidadãos. Contudo, este crescimento das cidades não foi devidamente acompanhado por mecanismos de planeamento urbano. Os resultados foram subúrbios desordenados, feios, sem espaços verdes ou acessibilidades, com poucos ou nenhuns serviços sociais. Ao invés, os centros das grandes urbes foram sistematicamente se desertificando, sendo hoje apenas habitados por norma, por populações idosas de baixos recursos. Gradualmente um sem número de edifícios, muitos com valor histórico e arquitectónico, foram se deteriorando, contribuindo para centros urbanos envelhecidos, abandonados e degradados.Compete aos poderes públicos contribuírem para a modificação deste cenário. O paradigma deixou de ser a construção e aprovação de novos empreendimentos urbanísticos, para passar para a requalificação urbana. Num primeiro plano, os poderes públicos devem constituir equipas pluridisciplinares que “pensem a cidade” enquanto espaço de história, sentimentos e vivência humana, delineando uma estratégia de requalificação urbana assente em três eixos: requalificação dos espaços públicos (praças, monumentos), requalificação dos edifícios municipais; requalificação dos edifícios privados por via da concretização de incentivos financeiros e fiscais. Obviamente que tal estratégia implica elevados recursos financeiros, devendo a sociedade civil sensibilizar as autoridades centrais para a necessidade da promoção de politicas centrais de requalificação urbana. Os municípios, enquanto agentes políticos que melhorem compreendem os sentimentos e necessidades das nossas cidades devem sensibilizar, negociar, pressionar os governos para nova prioridade. Afinal, a valorização e requalificação das nossas cidades é economicamente um instrumento indutor do crescimento do valor acrescentado da nossa oferta turística, sendo indirectamente fonte de impostos para os poderes locais e centrais.
A competitividade das cidades quer ao nível da atracção de novos habitantes, quer ao nível da captação de turistas, implica uma estratégia sistémica de valorização de todo o quadro urbanístico e de cidade, de modo a potenciar uma proposta de valor assente na qualidade de vida e no desenvolvimento sustentado.
António Cipriano

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

5000 Page Views no http://cdsppobidos.blogspot.com/


1 DE OUTUBRO DE 2007


5000 PAGE VIEWS

no



Agradecemos a todos sem excepção, que visitaram o nosso blog e partilharam connosco este espaço de informação e de combate politico.


A todos o nosso Muito Obrigado.



Carlos Pinto Machado

As hipocrisias da "Nossa Esquerda"


No DN de hoje


AS DUAS FACES DA CONVICÇÃO
João César das Neves

professor universitário

naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt

É lugar-comum dizer-se hoje que a religião constitui um elemento decisivo da situação mundial. Muitas questões sociopolíticas aparecem ligadas a ela, da diplomacia ao terrorismo, das leis da vida e família ao urbanismo e imigração, educação e saúde. Estranhamente, num tempo que se orgulha de ser científico, são esquecidos os resultados mais básicos da investigação séria sobre o tema. Por isso se dizem tantos disparates.No livro de 1950 The Individual and his Religion (Mac Millan) e obras seguintes, o grande psicólogo americano Gordon W. Allport (1897-1867), fundador da psicologia da personalidade, introduziu aquela que é hoje a distinção mais influente neste tratamento científico. Os conceitos de "religião intrínseca e extrínseca" foram-se tornando a abordagem consensual e a base dos estudos empíricos sobre religiosidade. O modelo é complexo, mas as ideias fundamentais são fáceis de descrever. Religião intrínseca é a crença profunda, onde o fiel encontra a estrutura fundamental da sua existência, que dá significado à vida e em termos da qual tudo compreende. Religião extrínseca é a religião do conforto e da convenção social, que constitui um elemento auto-suficiente que satisfaz o sujeito. Na expressão hoje consagrada, a pessoa extrinsecamente motivada usa a sua religião, enquanto a intrinsecamente motivada vive a sua religião.Note-se que esta distinção não separa crentes de agnósticos ou fervorosos de não praticantes. Ela manifesta-se apenas entre pessoas convictamente empenhadas na sua fé, mas com motivações distintas. Por vezes até são os extrinsecamente religiosos que se apresentam mais devotos e cumpridores, pois é normal que uma adesão espiritual seja comedida e modesta, enquanto o prosélito sociocultural usa de espalhafato. Mas no fundo ele adora a sua felicidade mais do que o Senhor da felicidade.Como seria de esperar, Allport relaciona as duas atitudes com a personalidade e o seu grau de maturidade. Enquanto a religião intrínseca se encontra em pessoas equilibradas e sensatas, a extrínseca é própria dos caracteres mais inseguros e imaturos. Daqui saem várias consequências. A religião intrínseca relaciona-se com toda a vida, é integradora, unificante, orientadora. Pelo seu lado, a extrínseca é compartimentada, preconceituosa, exclusivista, dependente, instrumental, utilitária, reconfortante. Os religiosos conservadores costumam ser extrínsecos. Os intrínsecos são humildes.Um efeito crucial, que o autor sublinhou desde o princípio e foi sucessivamente confirmado nos estudos, é que o fanatismo e intolerância surge muito mais na religião extrínseca. Se a crença suporta o modo de vida, posição social e costumes culturais, é normal reagir brutalmente perante os desafios. Assim, a maioria das críticas à religião refere-se a manifestações da variedade extrínseca. Na guerra e violência religiosa está em causa, antes de mais, a defesa das estruturas sociocomunitárias que os dogmas impregnam. Pelo contrário, viver a vida numa entrega total ao Sublime leva a suportar com bonomia as contrariedades e a simpatizar instintivamente com os que fazem o mesmo noutros cultos. Estas ideias vêm de um modelo científico que, dotado de escalas avaliativas, permite observações rigorosas e deduções consistentes. Mas ao mesmo tempo elas constituem velhas constatações de sempre. Encontramo-las nos debates entre Cristo e os fariseus, como em inúmeras passagens dos Analectos, de Confúcio, dos Hadith, de Maomé, e tantos outros. Mas elas são também essenciais para compreender os vários fenómenos espirituais recentes, pois o sucesso das novas seitas e movimentos esotérico-religiosos deve-se ao facto de, em geral, prometerem uma crença de conforto e bem-estar, sem conversão ou penitência.Mesmo fora do âmbito estrito da religião, muitos partidos e ideologias sabem bem como, entre os seus correligionários, existem os que entregam a sua vida à doutrina e os que fazem dela modo de vida. "Onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração" (Mt 6, 21).

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