quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

"Sócrates mais uma vez não cumpre com o que prometeu aos Portugueses"


Paulo Portas acusou, no debate quinzenal, José Sócrates de preferir "um compromisso com outros primeiros-ministros ao compromisso que fez com o seu próprio país”, ao vir agora optar por ratificar o Tratado de Lisboa no Parlamento.
O Presidente do CDS acusou mesmo o Primeiro-ministro de ter preferido “uma atitude de receio, o receio dos resultados do referendo, a uma promessa de coragem, que é fazer o referendo”.
Para Paulo Portas, esta atitude demonstra claramente que José Sócrates "deixou de confiar nos portugueses para aprovar um tratado que tem o nome da capital portuguesa. Enquanto o senhor mudaria de opinião sobre o tratado, os portugueses começam a mudar o que pensam de si", criticou Portas.

Na sua intervenção o líder do CDS recordou a pergunta aprovada pela Assembleia da República na revisão constitucional de 2004 com vista a um referendo europeu, defendendo que os principais aspectos - a carta dos direitos fundamentais, a regra da maioria qualificada e o novo quadro institucional da União Europeia - transitaram do Tratado Constitucional para o novo Tratado de Lisboa.
Portas desafiou ainda o Primeiro-ministro a dizer se “vai aposentar” o Secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, depois de este ter dito que era muito bom para os pensionistas poderem ter mais 60 cêntimos divididos pelo mês, em vez de receberem de uma vez só no primeiro mês do ano, o aumento das pensões.
Daí Paulo Portas ter criticado que “ isso de estar a regatear 68 cêntimos de aumentos em pensões de 230 euros é humilhante para os próprios, vexatório para os cidadãos e revoltante para quem é mais pobre”.
Face à constante perda de poder de compra dos pensionistas, desde a tomada de posse do governo PS, Paulo Portas desafiou Sócrates para já amanhã debater num canal qualquer de televisão, este tema, porque “em três anos de governação socialista as pensões aumentaram 13 euros e qualquer coisa, em três anos de governação com Bagão Félix aumentaram 34 euros", disse.
O Presidente centrista questionou ainda José Sócrates sobre o valor dos aumentos dos preços bens essenciais, como o pão, o leite, ou a manteiga, defendendo que o aumento das pensões - no máximo 2,4 por cento - não é suficiente para cobrir este acréscimo.
Questões que se impõem fazer, disse Portas por serem as mesmas que são feitas, por toda a gente, que teve um aumento de 2,4 por cento. Como não obteve resposta do Primeiro-ministro, Paulo Portas desafiou-o a dizer ao Grupo Parlamentar do PS para aceitar “o corrector da inflação proposto pelo CDS para compensar a subida previsível dos preços”.
Neste debate quinzenal, ficou ainda o desafio dos centristas para o governo aprovar a constituição de uma comissão de inquérito à supervisão bancária em Portugal, isto, se na audição do governador do Banco de Portugal na Assembleia da República, ficar provado que esta instituição conhecida as operações bancárias em offshore, realizadas por accionistas de bancos privados.

CDS


com Lusa

[09-01-2008]

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