quarta-feira, 16 de abril de 2008

PAULO PORTAS quer tirar maioria absoluta ao PS em 2009


PAULO PORTAS QUER TIRAR MAIORIA ABSOLUTA AO PS EM 2009 E AFASTA COLIGAÇÕES "À PRIMEIRA ESQUINA"
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, assumiu hoje o objectivo de tirar a maioria absoluta ao Governo PS nas próximas legislativas, em 2009, e disse que os democratas-cristãos não estão disponíveis para ser poder "à primeira esquina"."O primeiro-ministro tem medo que o CDS cresça e faça o que é preciso para tirar a maioria absoluta, para que nas próximas eleições este ciclo político mude", afirmou Paulo Portas, assumindo esse objectivo como a prioridade nas legislativas de 2009.O líder democrata-cristão discursava no encerramento das jornadas do CDS-PP, que decorreram em Viseu, numa intervenção de cerca de uma hora. Considerando que o Governo "está sem norte e sem respostas", Paulo Portas falou depois da perspectiva das condições do CDS-PP para voltar a ser parte de um governo, afastando a ideia de "ser boleia de alguém"."Quando decidi candidatar-me à presidência CDS fui muito claro. A prioridade do CDS é crescer. Não estamos à espera da boleia de ninguém nem estamos para dar boleia a ninguém. O país precisa de uma direita mais forte e o CDS é muito diferente do PSD", afirmou. Paulo Portas disse que o CDS-PP "não tem pressa" e que "tem paciência para crescer", assegurando que não voltará a estar disponível para integrar um Governo nas mesmas condições em que participou nos Governo de coligação PSD/CDS-PP, de 2002 a 2005."Sei o que é fazer uma coligação em que um tem oito por cento e outro 40 por cento. Não sou presidente do CDS-PP para fazer o mesmo nas mesmas condições. Quero que o partido cresça. Não tenho pressa. Isto significa não estar disponível para querer ser poder à primeira esquina", afirmou, referindo-se às próximas legislativas.No seu discurso, o líder do CDS-PP dirigiu duras críticas ao primeiro-ministro, José Sócrates, acusando-o de "não saber responder a nada", de "já fazer parte do passado" e de "ter medo do CDS"."Em 29 debates parlamentares já usou 426 vezes o argumento do passado. Foi a primeira promessa que não cumpriu, o não se justificar com o passado", criticou Portas."Quando alguém fala muito do passado começa a fazer parte dele. Há dias, na Assembleia da República o primeiro-ministro e Santana Lopes discutiam quem está de volta e quem está de partida. Eu digo que estou e fico", afirmou o líder do CDS-PP, que completa, no próximo dia 21 de Abril, um ano à frente do partido.Em pleno discurso pré-eleitoral e a "um ano e meio de distância" das próximas legislativas, como o próprio salientou, Paulo Portas considerou "preocupante o rumo do governo", assinalando que "tem recuado em várias matérias" por "força da pressão do CDS-PP".
(LUSA)

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