quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

CDS DIZ QUE MENSAGEM DE NATAL DE SÓCRATES CARACTERIZOU-SE PELA PROPAGANDA


CDS DIZ QUE MENSAGEM DE NATAL DE SÓCRATES CARACTERIZOU-SE PELA PROPAGANDA


O CDS-PP considerou hoje que a mensagem de Natal do primeiro-ministro, José Sócrates, difundida terça-feira, se limitou a anúncios e propaganda, demonstrando ausência de estratégia para que Portugal tenha resultados na economia, justiça e educação.Diogo Feio, afirmou que o primeiro-ministro "vai terminar o ano de 2007 tal e qual como o começou, com anúncios e propaganda".

"O primeiro-ministro insistiu numa novidade já conhecida, que o défice vai ficar em 2007 na casa dos três por cento, mas esqueceu-se que isso se deveu ao esforço de todos os portugueses, que foram penalizados com um forte aumento da carga fiscal", disse.Ainda em relação à componente orçamental do discurso do chefe do Governo, o dirigente democrata-cristão lamentou que José Sócrates tenha "esquecido as dúvidas levantadas de forma sustentada pelo Tribunal de Contas face à forma como o défice tem sido calculado em Portugal".

"Na sua mensagem de Natal, o primeiro-ministro limitou-se a dizer frases soltas de propaganda, o que demonstra a imperiosa necessidade de voltar a Portugal e à realidade do pais", criticou.Diogo Feio afirmou-se surpreendido por o primeiro-ministro falar em alegados sucessos na segurança social, "quando em Portugal não há qualquer liberdade de escolha""Falou em sucesso no complemento social de idoso, mas apenas abrangeu com esta medida cerca de 50 mil idosos, quando no início do seu mandato se havia proposto a abranger 300 mil. Também na educação, passou ao lado da realidade, que nos diz que o nível do ensino não melhorou em relação à língua materna, à matemática e às ciências", apontou ainda o presidente do Grupo Parlamentar do CDS.Diogo Feio insurgiu-se também em relação à forma como José Sócrates mencionou a questão do desemprego no seu discurso, "porque o desemprego é realmente o grande fracasso da política do seu Governo"."Os portugueses sabem bem que estão perante uma promessa não cumprida pelo Governo no sentido de criar 150 mil postos de trabalho", declarou.Ainda de acordo com o presidente da bancada do CDS, no que respeita à política de saúde, "foi evidente que [José Sócrates] esqueceu as listas de espera e que a vacina contra o cancro do colo do útero tem sido exigida há mais de um ano pelo CDS"."Na mensagem de Natal, o primeiro-ministro omitiu por completo os fenómenos de criminalidade violenta que estão a afectar as grandes cidades e que a justiça continua a caracterizar-se pela morosidade", afirmou.Para Diogo Feio, na sua mensagem de Natal, o primeiro-ministro "apenas utilizou a técnica do ponto, esquecendo o contra-ponto"."Ficou claro que, com este Governo, não há uma estratégia para que o país alcance resultados em áreas como a economia, a justiça ou a educação", sustentou.

Lusa

Nenhum comentário: