domingo, 23 de dezembro de 2007

PAULO PORTAS PEDE FIM DO "PRECONCEITO" E MAIS APOIO DO ESTADO AO TRABALHO SOCIAL DA IGREJA

PAULO PORTAS PEDE FIM DO "PRECONCEITO" E MAIS APOIO DO ESTADO AO TRABALHO SOCIAL DA IGREJA
Paulo Portas, defendeu hoje mais apoio do Estado ao trabalho social das paróquias, pedindo o fim do preconceito que considerou persistir contra a Igreja.
"Muitas vezes a partir do Estado dizem-se coisas muito injustas sobre as IPSS, as paróquias e a Igreja. (…) Não se pode ter preconceito só porque são das paróquias", afirmou o líder do CDS-PP, no final de uma visita ao centro comunitário paroquial Nossa Senhora das Dores de Caxias, que presta apoio social a idosos e crianças desfavorecidas.
Paulo Portas considerou que o centro paroquial, tal como outras Instituições Particulares de Solidariedade Social, é um "exemplo do bem-fazer", muitas vezes perante a "incompreensão do Estado" e o preconceito."Às vezes o Estado diz tão mal das IPSS e do trabalho das Igrejas e das paróquias mas se elas parassem eu não sei o que o Estado fazia em termos sociais", afirmou.O líder do CDS-PP considerou que o Governo "não tem sido justo com os pensionistas", frisando que as pensões perderam poder de compra, que a comparticipação aos medicamentos foi retirada e que as reformas mais baixas passaram a pagar imposto. Paulo Portas reiterou uma proposta para combater o desemprego de longa duração das mulheres através do cruzamento dos dados dos centros de emprego com as necessidades das IPSS."Então com um pouco de formação não é possível oferecer uma segunda oportunidade às mulheres que estão no desemprego há tanto tempo para trabalho social, de apoio aos idosos, nestas instituições sociais?", questionou."Isto está a ser feito na Alemanha e é preciso ser feito em Portugal", defendeu.Em declarações aos jornalistas, o padre José Luís Costa, que dirige o centro comunitário, assinalou a "extraordinária dificuldade em agilizar a relação entre os vários governos e as IPSS". O centro comunitário, que funciona em Caxias desde 1987, dispõe de um centro de dia para idosos, presta apoio domiciliário, distribui alimentos a 45 famílias carenciadas."O isolamento dos idosos é das coisas mais gritantes", afirmou, salientando que o trabalho é direccionado para a população mais desfavorecida da "Caxias que ninguém conhece", de famílias de três ou quatro pessoas que sobrevivem apenas com um salário mínimo. Lusa
[21-12-2007]

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