sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Paulo Portas desafia José Sócrates a demarcar-se do Ministro da Agricultura


O líder do CDS-PP desafiou hoje, o primeiro-ministro a demarcar-se das afirmações do titular da Agricultura, que o acusou de ter "calotes políticos", isto depois de Paulo Portas ter afirmado que o Ministério da Agricultura "pratica uma política de calote" em relação aos agricultores por pagamentos devidos que ainda não foram feitos.

Paulo Portas, apresentou neste debate quinzenal no Parlamento,
os documentos oficiais do Ministério da Agricultura, de Novembro de 2007 nos quais era dito que “as indemnizações compensatórias iam ser pagas de 24 a 28 de Dezembro 2007 e as medidas Agro-Ambientais iam ser pagas a 31 de Dezembro de 2007”.

Assim, Portas perguntou ao Primeiro-Ministro se este “cauciona o uso de insinuações pessoais no discurso político” e se subscreve as insinuações feitas por Jaime Silva.

Após Sócrates apenas ter lamentado o incidente, sem o repudiar, o Presidente centrista afirmou: - "O respeito que tinha por si perdi-o ao decidir não demarcar-se das afirmações do seu ministro [da Agricultura] ", uma vez que “é preciso haver decência na política".

Paulo Portas acusou ainda José Sócrates de "não ter grandeza" ao não demarcar-se do seu ministro da Agricultura, de usar "o medo como instrumento político" e de “recorrer à brigada da calúnia”. Por isso, Paulo Portas garantiu a Sócrates: " eu não tenho medo de si".

Na sua intervenção, Paulo Portas acusou novamente o ministro da Agricultura de fazer "insinuações pessoais", de "se substituir ao poder judicial" e de ter contado com o silêncio do primeiro-ministro.

"O senhor calou-se", acusou o deputado e líder do CDS-PP, depois de lembrar que o ex-ministro Nobre Guedes foi ilibado no caso Portucale, Telmo Correia foi apenas testemunha e a ele próprio as autoridades não fizeram sequer uma pergunta.

CDS com Lusa

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