domingo, 23 de setembro de 2007

CDS PP A ALTERNATIVA A SÓCRATES













"Ontem ficou claro que o líder da oposição de quem o primeiro-ministro, José Sócrates, não gosta é o líder do CDS/PP", disse Paulo Portas na sessão de encerramento do Conselho Nacional da Juventude Popular, que hoje decorreu num hotel de Santarém.
O líder do CDS/PP disse hoje, em Santarém, que, no debate mensal com o primeiro-ministro no Parlamento, realizado sexta-feira, ficou com "a certeza" que tem "uma missão a cumprir" como alternativa ao actual Governo.

"Ontem ficou claro que o líder da oposição de quem o primeiro-ministro, José Sócrates, não gosta é o líder do CDS/PP", disse Paulo Portas na sessão de encerramento do Conselho Nacional da Juventude Popular, que hoje decorreu num hotel de Santarém. Referindo-se ao primeiro debate com o primeiro-ministro sob as novas regras, visando colocar o centro do debate político da Nação no Parlamento, Portas lamentou que com José Sócrates "haja sempre um mas, uma vírgula", acusando o primeiro-ministro de "ter fugido a responder a perguntas concretas". "Fiz 10 perguntas concretas ao primeiro-ministro, mas ele não respondeu a nove e à que respondeu fê-lo a custo e necessitou de recorrer a uma manipulação grosseira de dados". Para o líder popular, ao deixar nove perguntas por responder, José Sócrates "deixou nove dúvidas sobre a sua política". Portas acusou o primeiro-ministro de "ou ter deixado de saber ouvir, ou não saber o que responder ou não poder responder", passando "ao lado da realidade" num momento em que, depois da crise do crédito nos Estados Unidos, a Europa se interroga sobre "como proteger o crescimento económico". Frisando que a situação portuguesa é ainda mais preocupante que a do resto da Europa, com a economia a crescer "bem abaixo da média", o líder popular lamentou que, neste contexto, Sócrates tenha escolhido como tema do debate falar sobre "o balcão 'perdi a carteira'". "Isso diz tudo sobre o que o actual primeiro-ministro tem para anunciar", disse, recomendando como título para um balcão "eu perdi a noção da realidade". "O primeiro-ministro inaugurou um estilo próprio de quem não quer responder", acusou, assegurando que os portugueses estão "cansados" de dois anos e meio de "soberba e arrogância". "Tem de ser derrotado", disse, afirmando que "a política como a natureza tem horror ao vazio" e que a alternativa está no CDS/PP, partido que é "o outro caminho" num país que "quer virar a página".

Público/Lusa

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