quinta-feira, 20 de setembro de 2007

COM A APLICAÇÃO DA NOVA LEI, SÃO BRUTAIS OS NÚMEROS DA MORTE DE FETOS PROVOCADA VOLUNTÁRIAMENTE EM PORTUGAL




"Mais de 1400 mulheres abortaram nos últimos dois meses, desde a entrada em vigor da nova lei da despenalização da interrupção voluntária da gravidez, revelou hoje o presidente da Comissão de Saúde Materna.Em declarações à Lusa, Jorge Branco afirmou que até às 13 horas de hoje foram notificados 1435 abortos, ao abrigo da lei sobre a interrupção voluntária da gravidez (IVG) aprovada em referendo e em vigor desde 15 de Julho.Jorge Branco salientou que destes, o número de grávidas com menos de 15 anos representou 0,34 por cento, ou seja, um total de cinco interrupções.O maior número de abortos verificou-se na faixa etária dos 20 aos 35 anos, com um total de 947 interrupções de gravidez notificadas, ao passo que em mulheres com mais de 40 anos o número de IVG se situou nos 113.O presidente da Comissão de Saúde Materna salientou ainda que foi na região de Lisboa e Vale do Tejo que se realizaram mais abortos: 56 por cento do total.Para o responsável, estes dados revelam que o número real de abortos não é tão grande como se poderia estar à espera, uma vez que permitem inferir que no total o número de IVG realizadas no país não deverá ser superior às 900 por mês.Jorge Branco manifestou satisfação por considerar que a quantidade de jovens adolescentes a interromper a gravidez é pequena, mas adiantou ser ainda cedo para traçar o perfil das mulheres que abortaram, o que só será possível ao fim de seis meses. "

Um comentário:

Edith Janete disse...

Trabalho em um hospital e sei de muitas histórias de crianças destroçadas, laceradas,que viraram "abortos" em função da violência e desespero de suas mães geralmente... Algumas gestantes colocam sondas para provocar o aborto e , por vezes, acabam vindo a falecer em função de septicemias. E então? Como minimizar os danos? para as crianças (fetos) e as suas mães?