terça-feira, 28 de novembro de 2006

CDS PP : OPOSIÇÃO E ALTERNATIVA


O líder democrata-cristão, Ribeiro e Castro, defendeu sábado que a "cooperação estratégica" do Presidente da República com o Governo "abre campo" ao CDS-PP para ser oposição e criticou os que à direita fazem "fretes" a José Sócrates.


"A nossa autonomia relativamente ao Presidente é total. (...) mas não somos da oposição ao Presidente nem para aí nos deixaremos empurrar. Seria um erro gravíssimo se o fizéssemos e um frete monumental à nossa esquerda", afirmou Ribeiro e Castro.


O líder do CDS-PP falava no final de um "jantar comemorativo do 25 de Novembro de 1975", que decorreu no concelho da Amadora, e em que dedicou grande parte do seu discurso a esclarecer qual a estratégia da sua direcção partidária em relação ao Governo e ao Presidente da República.


No seu discurso, Ribeiro e Castro criticou os que "da direita e do centro" fazem "oposição à oposição", considerando que essa atitude contribui para "o prolongadíssimo estado de graça de José Sócrates".


"Quando, aos média, uma parte da direita e do Centro insistem em servir um espectáculo da maior taxa de egos por metro quadrado do hemisfério norte e servem frequentemente uma espécie de campeonato do umbigo (...) é evidente que Sócrates e a esquerda têm muitas razões para sorrir e folgar", afirmou Ribeiro e Castro no seu discurso.


O líder do CDS-PP considerou que "a linha de estabilidade dinâmica" e de "cooperação estratégica" do Presidente da República "não afecta nada" nem "cria qualquer problema" ao seu partido.


"Abre-nos campo, além de, como queríamos e era indispensável para mais sossego dos cidadãos e do país, ter reequilibrado o quadro político", disse, rejeitando que o CDS faça "oposição à oposição".


Ribeiro e Castro vincou a necessidade de "coesão" partidária para a defesa do 'não' no referendo sobre a despenalização do aborto e exigiu ao primeiro-ministro que a próxima consulta popular seja a última.


"Temos, aliás, que exigir ao PS e ao engenheiro Sócrates o seguinte: se o 'não' ganhar outra vez, pela segunda vez, este é o último referendo e o seu resultado será duradouramente respeitado por todos".


"Como partido, exigimos ao Governo que não feche maternidades para abrir clínicas de aborto", afirmou.


Crítico da governação de Sócrates em relação ao "excesso de carga fiscal" e à "megalomania faraónica em tempo de vacas magras", Ribeiro e Castro acusou ainda o Governo de ter "menosprezo pela condição militar".


Fonte: LUSA
O CDS PP / Óbidos esteve representado no jantar comemorativo do 25 de Novembro de 1975 por Carlos Pinto Machado

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