terça-feira, 17 de abril de 2007

"MILITANTES DE SEMPRE ACREDITAM"


O líder do CDS-PP, José Ribeiro e Castro, recebeu hoje o apoio de mais de 60 militantes históricos do partido, entre fundadores, senadores e antigos deputados.
O ex-deputado Narana Coissoró foi o porta-voz deste grupo de "militantes de sempre", onde se incluem os fundadores Paulo Lowndes Marques, João Porto, António Norton de Matos, o senador José Girão Pereira e os ex-deputados Daniel Campelo e José Luís Nogueira de Brito, entre muitos outros.
"Determinados na defesa da reputação que foi, ao longo dos anos, o maior capital do CDS, apreensivos face à particular gravidade deste momento da sua vida, apoiam a recandidatura do dr. José Ribeiro e Castro à presidência do CDS-PP", afirma o documento, lido por Narana Coissoró.
Para estes históricos do CDS, o actual líder é "um intérprete sério, coerente e determinado do caminho de afirmação, autenticidade e projecto trilhado pelo partido em fidelidade aos valores da sua fundação".
Questionado se considera que, se Paulo Portas, vencer as eleições directas de sábado, está em causa a reputação do CDS, Narana Coissoró recusou atacar o ex-líder do partido.
"Este não é um manifesto contra Paulo Portas, é um manifesto a favor de Ribeiro e Castro (...) Entre as duas candidaturas, escolhemos a de Ribeiro e Castro", frisou o antigo deputado de Portas.
Ribeiro e Castro considerou este documento de apoio "um sinal da vitalidade profunda do CDS" e do "levantamento democrático dos militantes" a que tem apelado desde o início da crise interna, que considera ter sido aberta com o anúncio da candidatura de Paulo Portas.
"É muito importante o testemunho destes históricos do CDS, que atravessaram os 33 anos da história do partido e assistiram aos seus momentos de grandeza e de crise", sublinhou Ribeiro e Castro.
Questionado sobre o que espera do único frente-a-frente que terá com Paulo Portas, quarta-feira à noite na RTP, Ribeiro e Castro lamentou que não tenham sido possíveis mais debates, responsabilizando por esse facto o seu adversário nas directas.
"Umas directas são isso, não são indirectas, fazem-se de debates, de discussão de ideias, de frente-a-frente", salientou Castro, esperando que o debate de quarta-feira possa ser "esclarecerdor" e recusando que se possa falar em "lavar de roupa suja".
"Não pode confundir-se debate democrático com lavar de roupa suja. Surpreende-me tanto embaraço, tanto incómodo: é um debate democrático", disse.
Notícia LUSA


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