segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

RUY DE OLIVEIRA

RUY DE OLIVEIRA
SIMBOLIZA O PARTIDO TODO-O-TERRENO

Ribeiro e Castro defendeu ontem, no Porto, que o CDS-PP deve ser "um partido de mil protagonistas, não de um só protagonista", com pessoas "que dêem ao partido aquilo que são, em vez de lhe tirarem o que passam a ser". O líder dos populares falava na homenagem a Ruy de Oliveira, dirigente histórico falecido em 2003, em que aproveitou para reflectir sobre o partido. Numa altura em que se comenta o eventual regresso de Paulo Portas (assunto que recusou comentar), o presidente do CDS-PP lembrou que "sempre houve um partido que fala nos órgãos de comunicação social e um partido que fala nos órgãos do partido, um partido de que falam os jornais e um que se faz por todo o lado". "Este é um momento também para reflectirmos sobre o partido que queremos, que precisa de corpo para suportar as nossas apostas e aspirações, um partido todo-o-terreno implantado no País", disse ainda, lembrando Ruy de Oliveira como um homem que "acreditava num partido que se comprometia horizontalmente e com a comunidade, em vez de um partido basbaque sempre a olhar para cima na vertical". Dirigente histórico do CDS, Ruy de Oliveira notabilizou-se como secretário-geral e presidente da Comissão Executiva nas décadas de 70 e 80, mas foi essencialmente o lado humano do médico e portuense ilustre a merecer destaque. "Cidadão impoluto que faz muita falta ao seu partido e ao País", afirmou o socialista José Lello, que ressalvou o "espírito cívico, tolerante e com grande sentido democrático" do antigo secretário-geral. Eugénio Anacoreta Correia salientou o seu "repúdio ao dogmatismo" e o facto de prezar "a amizade como valor absoluto". "Nunca tolerou capelinhas ou conspirações", acrescentou. Adriano Vasco Rodrigues, que estudou com Ruy de Oliveira no Liceu Rodrigues de Freitas, no Porto, lembrou "o homem frontal e determinado", "um lutador corajoso que se bateu por ideais". Os adjectivos em torno da personalidade do médico e político portuense não se ficaram por aqui. O engenheiro João Porto, que também privou com o homenageado nos tempos de estudante universitário - partilharam quarto em Lisboa -, destacou as "múltiplas qualidades de Ruy de Oliveira: "Pessoa de ideais, que privilegiava a honestidade e a justiça, a liberdade e o amor à pátria", "um homem de notável inteligência, que amava apaixonadamente a vida dele e a dos outros". Notícia Diário de Notícias

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