quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

VOTE NÃO AO ABORTO

Está em causa rejeitar o
"direito ao aborto livre"

O líder do CDS/PP, Ribeiro e Castro disse, hoje, em Barcelos, que, se o aborto "for liberalizado" em Portugal o fenómeno atingirá "cifras de horror como as espanholas, onde se fazem 100 mil por ano".
"Vamos ter em Portugal as tais "slot-machines", as clínicas de aborto de que falava a procuradora Maria José Morgado", afirmou, criticando o facto de o dinheiro dos impostos dos portugueses poder vir a ser aplicado a "financiar o aborto livre".
O líder centrista falava aos jornalistas no final da visita que hoje fez ao Centro de Apoio à Vida em Barcelos, durante a qual conheceu a actividade deste organismo em defesa da maternidade.
Ribeiro e Castro disse que, embora o mais importante seja a defesa do direito à vida, os portugueses precisam de saber que "os custos do aborto livre e pago pelo Estado atingirão os 30 milhões de euros anuais, conforme estudos já aplicados".
"Isto é um mau uso dos dinheiros dos contribuintes", declarou, frisando que tal verba dava para "manter várias das maternidades que foram encerradas pelo actual Governo socialista por razões de poupança de custos e falta de meios".
Questionado sobre as declarações da presidente das Mulheres Socialistas Europeias, que desafiou os 51 eurodeputados de 16 países que assinaram uma declaração contra a despenalização do aborto em Portugal a declarar se vão promover alterações à legislação nos seus países, Ribeiro e Castro acusou a eurodeputada de "querer limitar a liberdade de pensamento" dos subscritores.
Zita Gurmai escreveu à maior parte dos 51 eurodeputados que assinaram a declaração perguntando-lhes se "estão a propor, nos seus próprios países, a limitação do direito das mulheres a fazer um aborto".
"É uma posição anacrónica, ultrapassada e politicamente correcta", comentou, dizendo que, na Europa, nos Estados Unidos e na América latina há muitos deputados de vários partidos a questionarem leis sobre o aborto feitas nos anos 70.
Ribeiro e Castro adiantou que recebeu esta semana um contacto do Chile, "onde 61 deputados se juntaram para promover iniciativas legislativas contra a liberalização do aborto" e manifestaram solidariedade aos apoiantes do "não" em Portugal.
Disse que "Portugal já tem uma lei sobre o aborto, baseada no chamado 'método das indicações' que os socialistas querem agora substituir pelo 'método dos prazos', ou seja, pelo aborto legalizado e como método contraceptivo até ás 10 semanas e pago pelo Estado".
O líder do CDS/PP insistiu na questão do aborto ser pago pelos impostos dos portugueses, lembrando que "o PS assumiu esse facto num debate que realizou sobre o assunto, no início da campanha, onde foi reafirmado que despenalização significa liberalização em estabelecimento pago pelo Estado".


Notícia LUSA
07-02-2007

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