sábado, 16 de dezembro de 2006

Apoiar maternidade e a criança, em vez do aborto

Na visita ao centro "Ajuda de Berço", que alberga cerca de 40 crianças vítimas de abandono, abusos e maus tratos, Ribeiro e Castro lamentou que "o apoio do Estado a estas instituições seja tão baixo".
"No caso concreto da Ajuda de Berço, a segurança social participa em apenas um terço do orçamento anual, que é de cerca de 300 mil euros", disse.
O líder do CDS-PP sublinhou que os custos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), se a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez for aprovada, poderiam servir para apoiar muito mais centros como a Ajuda de Berço.
"Esse valor chegaria para apoiar a 100 por cento cem casas como esta, ou, nos moldes do apoio actual, serviria para financiar 300 casas", sublinhou, baseando-se em cálculos recentes do "Correio da Manhã", que estimou que os custos para o SNS da despenalização do aborto até às dez semanas poderá chegar aos 26 milhões de euros.
Ribeiro e Castro lamentou ainda que a Lei de Bases da Segurança Social, aprovada quinta-feira, tenha retirado a previsão de apoios aos centros de apoio à vida.
"É um sinal muito negativo, uma catástrofe do ponto de vista social", disse.
Fonte: LUSA

Um comentário:

Orlando Castro disse...

Aborto? Não, Obrigado!

Tal como no referendo anterior, a sociedade portuguesa mobiliza-se para discutir a questão do aborto, rotulada de interrupção voluntária da gravidez para que, creio, todos percebam melhor.

Uns, os que já nasceram, não têm problemas em ser a favor do “sim”, a favor de uma lei que sabem nunca os atingir. Os outros, os do “não”, onde me incluo, não querem para os outros o que não querem para eles.

Ou seja, se eu tive direito à vida… todos os outros devem ter o mesmo direito.

A tudo isto acresce que defender o “sim” é a mais pura e paradigmática forma de cobardia. Ou seja, se a sociedade não consegue dar condições de vida (aos pais, mas sobretudo às mães), então mate-se quem não tem direito de defesa.

Noutro patamar, seria mais ou menos como a sociedade não ter capacidade para combater o roubo de carros e, para resolver a questão, decidisse legalizar essa actividade, descriminalizando os autores.

Eu sei que, para muitos socialistas, sociais-democratas, comunistas e afins é mais fácil dizer a uma mãe que pode e deve abortar do que lhe dar condições de dignidade que lhe permitam criar o filho. Para mim isso é cobardia e aceitação da falência de uma sociedade solidária e digna.

Por isso: Aborto? Não, Obrigado!

(Se calhar, já que a legalização do aborto não tem efeitos retroactivos – é pena! -, a melhor forma de nos vermos livres de futuros políticos medíocres como os que agora proliferam por aí seria votar “sim”. Mesmo assim… voto “Não”).