segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Mulheres pressionadas pelo "Sim"


A dirigente do CDS/PP, Maria José Nogueira Pinto, afirmou sexta-feira que as mulheres poderão ser sujeitas a uma grande pressão dos empregadores, caso se verifique uma vitória do "Sim" no referendo à despenalização do aborto até às dez semanas.
"Se o 'sim' ganhar, as mulheres que engravidam vão ter uma grande pressão dos empregadores para abortar. Digo isto com todo o à vontade porque a legislação laboral é sistematicamente violada em Portugal, sempre em prejuízo da mulher", disse Nogueira Pinto, defensora do 'não' à alteração da lei do aborto. "Quando as mulheres vão a entrevistas (para emprego), os empregadores perguntam muitas vezes se tencionam casar, se pensam ter filhos", lembrou a defensora do 'não', advertindo para o perigo de uma "armadilha" para as mulheres. "Isto é um alçapão que se vai abrir para as mulheres, que ficam entregues à sua sorte para tomar uma decisão que é considerada como uma boa decisão, acolhida na lei, sem nenhuma espécie de censura", acrescentou a representante da Plataforma do Não no debate sobre a interrupção voluntária da gravidez, na Associação Cultural e Desportiva da Cotovia. Maria José Nogueira Pinto falou em representação da Plataforma "Não Obrigado", que defende o voto no 'não' no referendo que terá lugar a 11 de Fevereiro, durante um debate promovido pela Assembleia Municipal de Sesimbra na Associação Cultural e Desportiva da Cotovia, em que teve como principal opositor o deputado do BE, Fernando Rosas.
Notícia: Lusa

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