segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

REFERENDO : A SUBIDA DO "NÃO" NAS SONDAGENS


Referendo:
a subida do "Não" nas sondagens

O dirigente do CDS-PP José Paulo Carvalho defendeu hoje que a aproximação nas intenções de voto entre o "Sim" e o "Não" no referendo sobre o aborto resulta da campanha desenvolvida pelos opositores à alteração da lei.
"A moderação [da nossa mensagem] tem facilitado a tarefa do esclarecimento. Quanto mais esclarecimento se fizer, maior a probabilidade de o 'Não' ganhar", disse José Paulo Carvalho à agência Lusa, falando em nome da direcção do CDS, único partido com representação parlamentar que é contra a despenalização do aborto.
O jornal Diário de Notícias pública hoje um estudo de opinião segundo o qual a intenção de voto no "Não" no referendo de 11 de Fevereiro à despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) subiu seis pontos percentuais (de 27 para 33 por cento) em três meses, enquanto no "Sim" desceu nove pontos (63 para 54) no mesmo período.
Quem vencer irá fazê-lo por uma "diferença curta", dado que o tema do aborto é uma "questão fracturante" e o desenlace do referendo irá ser determinado pelos eleitores que ainda estão indecisos, sustentou.
"A prudência exige que não se antecipem cenários", aconselhou ainda José Paulo Carvalho.
E o desfecho penderá para o lado de quem melhor esclarecer os votantes: "Quem tiver mais capacidade de fazer uma campanha séria, tem mais hipóteses de ganhar", defendeu.
A opção, disse, é entre dois valores "conflituantes": "o direito à vida e o respeito pela mulher que está grávida e em dificuldades. A maioria das dúvidas resulta disto", pelo que é preciso fazer ver qual é "a melhor solução".
"Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?", é a pergunta colocada aos eleitores a 11 de Fevereiro, igual à do referendo de 1998.
Para a campanha, estão inscritos na Comissão Nacional de Eleições (CNE) 17 movimentos de cidadãos (cinco pelo "sim" e 12 pelo "não") e 10 partidos políticos.
Cerca de 8,4 milhões de eleitores estão recenseados para o referendo e a campanha dura 11 dias, entre terça-feira e 09 de Fevereiro.
Notícia LUSA

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